domingo, 24 de fevereiro de 2013

Dos vales. A minha opinião e postura

Os (meus) mandamentos dos vales:

1 – Não falsificarás vales, sejam quais forem as artimanhas.
2 – Não descolarás vales de produtos que irás deixar na prateleira.
3 – Não roubarás vales do interior das revistas.
4 – Retirarás apenas vales que estejam colocados soltos em expositores para o efeito.
5 – Não descontarás vales para artigos que nem sequer estás a comprar.
6 – Não passarás vales na loja X que referem ser para a loja Y.
7 – Não descontarás vales em packs ou unidades que já trazem promoção de fornecedor (Leve 2 Pague 1, +20%, +100gr, etc.), pois é a esses casos que se refere o “não acumulável com outras promoções”.
8 – Terás cuidado com quem tencionas trocar vales e desconfiarás de quem apresentar muitos vales que são de difícil obtenção.
9 – Não usarás o e-mail pessoal/ profissional para proceder a trocas ou fazer o registo em sites de marcas. Cria um novo!
10 – Não trocarás vales que sabes que adquiriste de forma ilícita, prejudicando terceiros.


O mundo (des)encantado dos vales

Quando os vales começaram a surgir, há uns pares de anos atrás não me lembro de quaisquer problema em descontá-los ou acumulá-los com promoções, no entanto no último ano usufruir de vales e acumulá-los com cupões, talões e outras promoções tornou-se moda. E como é hábito as modas trazem coisas más e desvirtuamentos da essência das acções, acções estas que beneficiam uns e prejudicam outros como por norma acontece.

Os vales são oportunidades que as marcas oferecem aos consumidores para obterem um produto de maior qualidade a um preço igual ou inferior (e às vezes de graça) em relação ao de marca branca. Assim sendo devemos usar essas oportunidades de forma correcta e não ter comportamentos que possam retrair as marcas ou diminuir/acabar com a circulação de vales.

Como a maioria saberá há algumas regras que devem ser praticadas: os vales que se encontram colados ou no interior das embalagens são para serem utilizados com a aquisição do produto, nessa mesma altura ou nas próximas compras. Nunca para serem retirados deixando a embalagem sem o vale que lhe pertence ou pior, violando e estragando artigos. É bastante habitual haver vales em expositores distribuídos por diferentes corredores que podem retirar e guardar para o futuro, tentem ir com uns minutos “extra” e dar uma volta pelo supermercado! Mas não levem todo o expositor convosco, o próximo cliente também deverá poder usufruir, e afinal nós próprios somos o próximo!

Mandam a boa educação e a ética que não devemos tentar enganar ninguém e isso é válido para a entrega de vales apenas em artigos que efectivamente se compram e um para cada unidade. Não tendo uma postura digna com os operadores de caixa, que no fundo são eles que dão a cara ao cliente, qual é a moral que tem um cliente para exigir o mesmo deles mesmo tendo razão?

No fundo, tudo se resume a agir eticamente. Não corromper por ganância o que há de bom prejudicando terceiros e para no final acabar por não ter nada. Usufruir dos vales de forma correcta permitindo que no final todos o possam fazer e que as marcas não se retraiam na emissão dos mesmos porque quem perde é o cliente, ou seja, nós! E obviamente jamais a falsificação de vales será um caminho a seguir.

E não, se o outro faz eu não posso fazer… Então se o vizinho é criminoso e vive à grande e à francesa e nunca lhe aconteceu nada eu também o vou ser. Não! Se posso? Claro que sim, mas o julgamento chegará e não será nada agradável. Há pessoas más e boas, há pessoas desonestas e pessoas honestas. Pessoas que se aproveitam dos vales/descontos/campanhas/promoções para meterem uns trocos ao bolso e pessoas boas de coração aberto para ajudar e que até enviam vales sem esperarem nada em troca. As trocas de vales têm de ser feitas em plena consciência daquilo que realmente são e não daquilo que eu espero que seja, isto é, estar preparado para situações desagradáveis. Não dispensem a criação de uma conta de e-mail para o efeito, duvidem de quem tem muitos vales de obtenção difícil ou vales que já viram colados em produtos aquando de uma ida às compras. Tentem promover bons costumes pois só desta forma os comportamentos correctos vencerão os incorrectos.

No fundo: não faças aos outros o que não queres que te façam a ti, certo?


Um texto que escrevi a pedido da Descontos, a qual colocou no seu blogue e que acrescentou umas palavras sobre o propósito do mesmo. Palavras estas que subscrevo e agradeço.

A ética na utilização dos vales de desconto foi um dos primeiros temas (se não foi mesmo o primeiro) a ser por mim lançado à discussão, quando abri a página de Facebook do blog. 
Tento guiar-me por um conjunto de valores morais pelos quais pauto a minha conduta. Por isso, naturalmente fiquei preocupada quando, na última semana, fui contactada por leitoras/es preocupadas/os com alguns comentários que evidenciavam comportamentos graves. Paralelamente, novas/os leitoras/es confusos com informações que iam lendo ("mas então isso pode fazer-se?"). 
Por isso, este post é uma clarificação da minha posição:este blog jamais encorajará ou será cúmplice de comportamentos impróprios ou violadores das regras acima elencadas e melhor expostas pela Pássaro no Telhado.

Eu não pretendo "impor" a minha moral a ninguém. Quem não se revir nesta "missão de princípios" terá muitas outras páginas e blogs com a mesma temática por onde escolher.
Mas acredito sinceramente que a generalidade de quem lê se revê nestes mandamentos.

Finalmente uma palavra de agradecimento pelo trabalho de elaboração destes mandamentos, tão brilhantemente construídos pela Pássaro no Telhado. Não só por reflectirem um esforço em contribuir, mas porque surgem de um acto de generosidade, pelo facto de eu dizer que só poderia abordar a questão no final da semana devido a compromissos profissionais.

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